Também conhecido por “carne no olho”, o pterígio é uma alteração na membrana transparente do olho chamada conjuntiva e é decorrente de uma série de fatores que vão desde a hereditariedade até a exposição excessiva a agentes irritativos como praia, piscina, sol, poluição, ar condicionado, etc.
A prevalência desta doença em um país tropical devido ao clima quente e à exposição solar frequente. Não devemos confundir pterígio com catarata.
O pterígio pode provocar desde uma simples irritação leve nos olhos até alterações visuais importantes, em casos mais avançados.
Normalmente, no início, a pessoa se queixa que o olho costuma ficar vermelho e que sente uma sensação de areia, de corpo estranho, principalmente se vai à praia ou à piscina ou, ainda, se fica muito em ambiente com ar condicionado. Se o quadro evolui, passa a se queixar de irritação ocular frequente, com ardência, prurido (coceira) e até mesmo ressecamento ocular. Em casos em que o pterígio cresce muito sobre a córnea (vide foto abaixo), pode até provocar astigmatismo e com isso “embaçamento” visual e alteração no grau dos óculos.
Pessoas que desejam usar lentes de contato ou querem ser submetidas a cirurgias refrativas para tramentos de ametropias e são portadoras de pterígio muitas vezes precisam antes ser submetidas ao tratamento deste.
A cirurgia de exérese de pterígio com transplante conjuntival é feita com anestesia local com o uso de colírio e/ou gel anestésico. Dura aproximadamente 15 a 20 minutos e ao final do procedimento coloca-se uma lente de contato terapêutica que serve como curativo e será retirada no dia seguinte após a cirurgia. O paciente deverá ter um repouso das atividades físicas durante três a cinco dias e evitar banho de mar ou piscina durante três semanas a um mês. O paciente vai usar colírios durante um mês, quando terá alta completa.